Banco Central começa a bloquear chaves Pix usadas em golpes
Escrito por Felipe Almeida
AtualizadoNo último final de semana (04/10), o Banco Central divulgou que começará a bloquear as chaves PIX que forem utilizadas em golpes e fraudes financeiras. Essa prática faz parte de um conjunto de medidas que o BC criou com o intuito de reforçar a segurança da ferramenta de transações instantâneas.
Como a marcação e o bloqueio funcionam?
A marcação ocorre quando um banco, fintech ou instituição que utiliza o sistema PIX, encontra sinais de uso suspeito de uma chave. Então essa instituição registra uma notificação de infração no Banco Central, para indicar que aquela chave é suspeita.
Cada instituição tem seus próprios critérios para avaliação, movimentos incomuns, denúncias ou padrões considerados suspeitos, para decidir quando fazer essa marcação. O que significa que uma chave marcada será bloqueada apenas nas instituições que registraram essa marca.
No entanto, se várias instituições registrarem a mesma chave, ela será bloqueada em todo o sistema Pix. Ou seja: qualquer tentativa de transferência para essa chave será rejeitada pelo sistema.
Além disso, mecanismos de segurança permitem às instituições suspenderem recursos suspeitos por até 72 horas enquanto analisam a transação e, se comprovada uma fraude, os valores podem ser devolvidos utilizando o Mecanismo Especial de Devolução (MED).
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Impacto para a segurança digital
O bloqueio de chaves Pix usadas em golpes marca um avanço importante na segurança digital do Brasil. Antes, golpistas conseguem reutilizar chaves suspeitas em diferentes bancos, explorando falhas de comunicação. Agora, com o Banco Central coordenando esse processo, o uso dessas chaves passa a ser identificado e interrompido no sistema.
Na prática, isso cria uma barreira extra contra golpes. Quando uma chave é marcada por comportamento suspeito, outras instituições são alertadas e, se houver confirmação, o bloqueio acontece automaticamente. Assim, novas transferências para aquele destino são impedidas, dificultando a circulação de dinheiro obtido em golpes.
O resultado é mais confiança para quem usa o Pix. O próprio sistema passa a agir de forma preventiva, identificando padrões de fraudes e protegendo usuários antes que novos casos ocorram. Com essa integração entre instituições, o ambiente digital fica mais seguro e menos vulnerável a golpes.
Essa mudança torna o Pix um sistema mais inteligente e protetivo. O bloqueio centralizado das chaves suspeitas não só interrompe golpes em andamento, mas também desestimula novas tentativas, fortalecendo a segurança das transações do dia a dia.
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