Saiba quais informações que você não deve compartilhar com IAs

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Conversar com uma inteligência artificial já faz parte da rotina de milhões de pessoas. Seja para tirar dúvidas, gerar textos, traduzir documentos ou até auxiliar no trabalho, as IAs oferecem praticidade e rapidez. Mas com esse uso, surge uma questão essencial: você sabe quais informações não devem ser compartilhadas nesses chats?

A seguir, explicamos em detalhes quais dados evitar, com exemplos reais e dicas de proteção.

O que não compartilhar com IAs?

Ainda que as IAs sejam ferramentas úteis, é importante ter clareza sobre quais dados nunca devem ser inseridos em uma conversa. Recentemente, uma falha da OpenAI expôs cerca de 4.500 conversas privadas entre usuários e o chatbot ChatGPT, que acabaram sendo indexadas por mecanismos de busca como o Google. 

Entre os diálogos vazados, havia conteúdos sensíveis, incluindo relatos sobre saúde mental, traumas e outras informações confidenciais.

Este caso só mostra como todas as ferramentas, por mais tecnológicas que sejam, podem sofrer falhas e vazar seus dados. Por isso, é essencial cuidar do que você compartilha online.

A seguir, listamos as principais categorias de informações que você deve evitar compartilhar com a IA, cada uma com exemplos práticos e riscos envolvidos.

Dados pessoais: identidade em risco

Informações como nome completo, CPF, RG, endereço, data de nascimento e telefone nunca devem ser informadas em conjunto em chats de IA. Apesar de isoladas essas informações não serem sensíveis, quando compartilhadas juntas pode ser o suficiente para oroubo de identidade, abertura de empresas em seu nome  ou até fraudes. Casos de vazamentos em plataformas como Trello e Amazon mostraram como esses dados são explorados em golpes posteriores.

Dados financeiros: risco de fraudes e golpes

Jamais compartilhe informações bancárias, números de cartão de crédito, senhas, chaves Pix ou extratos financeiros. Esse tipo de dado pode ser usado para aplicar golpes diretos, como o golpe do IOF falso e até de "cashbacks" fraudulentos.

Informações de saúde: confidencialidade ameaçada

Dados médicos, diagnósticos e históricos de saúde são informações sensíveis. Além de serem protegidos por lei (como a LGPD), podem ser usados em conjunto com outras informações públicas para discriminação em seguros, manipulação em contextos de trabalho ou até golpes em redes sociais.

Informações corporativas: perigo para empresas

Evite compartilhar contratos, estratégias de negócios, dados de clientes, planilhas financeiras ou informações internas da empresa. Esse tipo de dado, quando exposto, pode comprometer a competitividade, gerar prejuízos financeiros e até abrir espaço para espionagem corporativa.

Credenciais e acessos: o caminho direto para invasões

Nunca informe logins, senhas, tokens de autenticação, links internos de sistemas ou chaves acesso. Essas credenciais permitem que criminosos acessem diretamente suas contas bancárias, redes sociais ou sistemas corporativos, facilitando ataques como clonagem de WhatsApp.

Opiniões sensíveis: rastros digitais podem ser usados contra você

Comentários sobre preferências políticas, religiosas, ideológicas ou questões pessoais delicadas também devem ser evitados. Esses dados podem ser rastreados, usados para manipulação em campanhas fraudulentas ou até explorados em golpes de engenharia social, como no caso de perfis falsos em aplicativos de relacionamento.

Como se proteger ao usar IAs

Aproveitar os benefícios da inteligência artificial exige atenção para não colocar informações em risco. Algumas práticas simples ajudam a manter sua segurança:

Trate o chat como um espaço público: imagine que tudo o que você escreve pode ser lido por terceiros. Esse cuidado evita que dados íntimos ou confidenciais acabem expostos de forma indevida.

Prefira dados fictícios em exemplos: ao precisar ilustrar uma situação, use informações genéricas. Assim, você mantém a clareza da explicação sem arriscar a exposição de dados reais.

Verifique políticas de privacidade: entenda como a plataforma armazena e utiliza as informações que você fornece. Saber se os dados podem ser usados para treinar modelos é essencial.

Use versões corporativas de IAs: quando se tratar de documentos internos, prefira versões empresariais das ferramentas. Elas oferecem mais camadas de segurança e estão alinhadas à LGPD.

Conclusão

Compartilhar dados pessoais, financeiros ou corporativos em chats pode parecer algo pequeno, mas tem potencial para causar prejuízos grandes. O cuidado é simples: pense sempre se aquela informação poderia ser usada contra você. Se a resposta for "sim", o melhor caminho é não expor.

Se a sua preocupação é manter seus dados seguros, o Davi pode te ajudar. Nossa plataforma monitora vazamentos de dados, alerta sobre riscos e oferece ferramentas de proteção digital para que você use a tecnologia com tranquilidade. Descubra agora se suas informações já foram expostas e saiba como se proteger.

Descubra se seus dados vazaram na Dark Web

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Perguntas frequentes

É seguro usar inteligências artificiais para tarefas do dia a dia?

Sim, desde que você use de forma consciente. As IAs são úteis para responder dúvidas, criar textos ou auxiliar em estudos e trabalhos. O risco surge quando informações sensíveis são compartilhadas — como dados pessoais, financeiros ou corporativos.

O que pode acontecer se eu compartilhar informações sigilosas em uma IA?

Esses dados podem ser armazenados e, em alguns casos, usados para treinar modelos ou até acessados de forma indevida. Isso abre brechas para fraudes financeiras, golpes e até prejuízos profissionais, no caso de informações corporativas.

As conversas com IAs são realmente privadas?

Não necessariamente. Algumas plataformas afirmam não usar dados para treinamento, mas ainda assim armazenam interações por um período. Por isso, a regra de ouro é: nunca escreva em uma IA algo que você não gostaria de ver exposto.

Posso usar exemplos reais ao pedir ajuda para uma IA?

O ideal é evitar. Se precisar ilustrar uma situação, use dados fictícios ou genéricos. Assim você garante a utilidade da resposta sem colocar em risco informações pessoais ou de terceiros.

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Escrito por:

Felipe Almeida
Redator

Felipe Almeida tem 21 anos, estuda Publicidade e Propaganda na Unoeste e atua como estagiário de redação no blog do Davi. Apaixonado por fotografia, filmes, jogos e música, acredita na força de uma comunicação simples, direta e acessível. Traz sua visão sensível e sem filtros para cada texto, valorizando a experiência real das pessoas. Seu conteúdo é pensado para conectar, informar e facilitar a vida de quem lê.