Golpe do aluguel de veículo

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Com o aumento da busca por aluguel de veículos, especialmente em datas comemorativas e períodos de férias, criminosos têm aproveitado para aplicar golpes com sites e perfis falsos de locadoras. Prometendo preços muito abaixo do mercado e exigindo pagamento antecipado, eles somem assim que o dinheiro é transferido.

Neste artigo, você vai entender como o golpe do aluguel de veículos funciona, como identificá-lo, o que fazer caso tenha sido vítima e como se proteger.

O que é o golpe do aluguel de veículos?

Criminosos criam perfis falsos em redes sociais ou sites que imitam locadoras de veículos conhecidas — ou inventam nomes genéricos como "Locadora BR", "AlugaFácil" ou "TopCar Locadora". Em seguida, divulgam promoções com preços muito abaixo do mercado.

Eles atraem vítimas por meio de:

  • Anúncios em redes sociais (principalmente Facebook e Instagram)
  • Grupos de classificados e de compra e venda
  • Links patrocinados em mecanismos de busca
  • Contato direto por WhatsApp

A vítima se interessa pela oferta, entra em contato, e recebe atendimento aparentemente profissional. Os golpistas enviam fotos dos carros, contratos falsos e até logos ou CNPJs copiados de empresas reais. A chave do golpe está na exigência de pagamento antecipado via Pix ou TED, com a justificativa de "garantia de reserva".

Após o pagamento, a comunicação é interrompida. A vítima vai até o local combinado para retirada do veículo e descobre que a empresa não existe ou o endereço é falso.

Como identificar o golpe do aluguel de veículos? 

  1. Preço muito abaixo do mercado para veículos disputados 
  2. Perfil da locadora criado recentemente ou com poucas postagens
  3. Ausência de site oficial ou site com erros de português e aparência amadora
  4. Solicitação de pagamento antecipado via Pix pessoal
  5. CNPJ inexistente ou não compatível com o ramo de locação
  6. Atendimento apressado, com pressão para fechar logo o negócio
  7. Endereço comercial genérico ou inexistente no Google Maps

Consequências do golpe do aluguel adiantado

A vítima perde o valor pago antecipadamente, que pode ultrapassar R$ 1.000 dependendo da suposta reserva. Além disso, pode passar por constrangimentos ao descobrir o golpe apenas ao chegar no local da retirada. Em alguns casos, golpistas ainda utilizam os dados pessoais enviados pela vítima (como RG e CNH) para aplicar novos golpes.

6 dicas para se proteger do golpe do aluguel de veículo

  1. Verifique se a empresa realmente existe: pesquise o nome da locadora no Google e redes sociais. Verifique o CNPJ no site da Receita Federal e veja se a atividade principal é compatível com locação de veículos.
  2. Desconfie de preços muito baixos: compare com locadoras tradicionais. Preços muito abaixo do mercado são o principal atrativo do golpe.
  3. Não pague adiantado por Pix ou conta de pessoa física: locadoras sérias oferecem pagamento no cartão, boleto ou via site com segurança. Exigir Pix para "garantia" é sinal de alerta.
  4. Confira o endereço da empresa: procure no Google Maps, leia avaliações e, se possível, vá até o local antes de fechar qualquer negócio.
  5. Use sites confiáveis de aluguel: dê preferência a empresas consolidadas ou plataformas intermediadoras reconhecidas, como Rentcars, Localiza, Movida e Unidas.
  6. Denuncie anúncios suspeitos: você pode denunciar perfis e páginas falsas nas redes sociais e sites de compra e venda.

Fui vítima do golpe do aluguel de veículos. O que fazer?

Faça um boletim de ocorrência

Registre o golpe na delegacia mais próxima ou pela delegacia online do seu estado. Inclua todos os dados: conversas, comprovantes de pagamento, prints e links.

Avise seu banco imediatamente

Se o pagamento foi feito por Pix, informe o banco e solicite a ativação do mecanismo de devolução (MED). Quanto mais rápido agir, maiores as chances de reaver o valor.

Denuncie o perfil ou site falso

Informe a fraude à plataforma usada (Facebook, Instagram, OLX, etc.) para ajudar a impedir novas vítimas.

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Escrito por:

Thais Souza
Analista de Comunicação e Conteúdo

Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), a Thaís escreve desde 2019 com foco na experiência e resolução das dúvidas de seus leitores.

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