Golpe da compra não reconhecida

Qualquer pessoa ficaria preocupada ao receber uma comunicação do seu "banco" sobre uma compra suspeita, ainda mais quando estudos mostram que, a cada minuto, quatro pessoas se tornam vítimas de fraude no Brasil. É com esse argumento que criminosos  criam um cenário para enganar clientes de bancos e roubar dinheiro e dados das vítimas.

Nesse artigo você vai entender como esse golpe funciona, o que fazer para evitar o golpe e como agir caso tenha sido vítima.

Como o golpe da compra não reconhecida  funciona?

O golpe costuma começar com um contato falso por ligação, mensagem de texto ou WhatsApp. O golpista se passa por um atendente do banco da vítima e diz ter encontrado uma compra suspeita ou desconhecida em sua conta ou cartão. 

A partir daí, ele usa um tom de urgência, fazendo a pessoa acreditar que precisa agir imediatamente para cancelar a transação e "evitar prejuízos". Essa pressa é o que impede a vítima de parar e confirmar se a história é real.

Durante a conversa, o golpista fala de forma técnica, menciona protocolos falsos e imita a linguagem de um atendimento verdadeiro. Aos poucos, começa a pedir informações pessoais, como CPF, número do cartão, código de segurança e até o código de verificação enviado por SMS. Com esses dados, o criminoso consegue acessar a conta da vítima e realizar transações em nome dela.

O objetivo principal é roubar dados e dinheiro. Além disso, em versões mais sofisticadas, o golpista ainda pede que a vítima faça um Pix de "bloqueio" ou "teste", dizendo que o valor será devolvido em seguida, o que nunca acontece. O dinheiro vai direto para a conta dos criminosos, e a vítima acaba com prejuízo financeiro e seus dados expostos.

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Caso real: SMS falso e ligação simulando a central 

Em um caso recente, uma cliente recebeu um SMS informando uma suposta compra não reconhecida e logo em seguida recebeu uma ligação de alguém que dizia ser atendente . O golpista orientou a vítima a fazer um "Pix de bloqueio temporário", que seria para impedir a compra suspeita. A vítima seguiu as orientações e acabou transferindo o valor diretamente para os criminosos.

O Nubank, um dos bancos que teve a identidade usada nesse tipo de golpe, se posicionou e reforçou que nunca solicita senhas, códigos ou transferências via Pix por telefone, mensagem ou e-mail. Todos os alertas de segurança são exibidos exclusivamente dentro do aplicativo oficial do banco.

Como se proteger do golpe da compra não reconhecida?

Pequenas atitudes podem fazer toda a diferença para impedir que o golpe se concretize. Veja o que fazer para se proteger:

• Desconfie de qualquer contato que mencione compras suspeitas: bancos não fazem ligações para alertar sobre movimentações suspeitas solicitando dados pessoais por telefone. Se receber esse tipo de contato, encerre a ligação imediatamente.
• Use apenas o aplicativo oficial para confirmar informações: não confie em contatos suspeitos ou  clique em links recebidos por SMS, e-mail ou mensagem. Todos os alertas verdadeiros aparecem dentro do app .
• Não envie senhas, códigos ou dados bancários: nenhuma instituição financeira pede informações pessoais, sensíveis ou bancárias por telefone. Qualquer solicitação desse tipo é golpe.
• Desconfie de pedidos de transferência: nenhum banco orienta clientes a fazer Pix para "bloquear" valores ou "testar" sistemas de segurança. Essa é uma das táticas mais usadas pelos golpistas. Se perceber esse tipo de pedido, tenha certeza de que é golpe.

Cai no golpe da compra não reconhecida , e agora?

Se você foi vítima, agir rápido pode ajudar a reduzir os danos e recuperar parte do prejuízo. Veja o que fazer:

Conteste a transação e entre em contato com o seu banco

Entre em contato com o seu banco o quanto antes. Explique a situação e peça para bloquear o acesso dos golpistas e restaurar a segurança da sua conta. Além disso, caso tenha feito alguma transferência, use o botão de contestação do Pix para acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED, essa função pode ajudar a recuperar os valores enviados.

Reúna provas e registre um boletim de ocorrência

Guarde prints das conversas, mensagens, e-mails, comprovantes de pagamento e qualquer registro que comprove a fraude. Em seguida, registre um boletim de ocorrência na Delegacia Virtual do seu estado. Esse registro formaliza o golpe e pode ser utilizado para solicitar estornos, acionar o banco ou colaborar com investigações policiais. Quanto mais detalhes forem fornecidos, maior a chance de responsabilizar os criminosos.

Monitore seus dados com o Davi

Depois de compartilhar informações pessoais, documentos ou dados de cartão, é importante monitorar seus dados para evitar novas fraudes. O Davi ajuda a identificar se suas informações foram expostas em vazamentos e fornece orientações práticas sobre o que fazer em cada situação. Assim, você pode agir rapidamente caso seus dados sejam usados indevidamente.

Conclusão

O golpe da compra não reconhecida  é um exemplo de como a engenharia social evoluiu para explorar a confiança e o medo das pessoas. Ele não depende de falhas no sistema bancário, mas da reação humana diante de situações de urgência.

Por isso, desconfie de qualquer contato não solicitado, não compartilhe informações pessoais e confirme alertas sempre pelo aplicativo oficial. A prevenção é a forma mais eficaz de proteger seu dinheiro e seus dados.

Perguntas frequentes