Qual a diferença entre Deep Web e Dark Web?

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De acordo com um relatório da Hostinger, o Google continua sendo o site mais acessado do mundo. Todos os dias, bilhões de pessoas usam o buscador para encontrar informações sobre praticamente tudo. Mas você sabia que existem partes da internet que não aparecem nos resultados do Google? Esse "lado oculto" da rede é conhecido como Deep Web — e, dentro dela, existe uma área ainda mais obscura: a Dark Web.

Entender a diferença entre Deep Web e Dark Web é essencial para evitar confusões e navegar com mais segurança. Ao conhecer esses conceitos, você estará mais preparado para reconhecer os riscos e os usos legítimos dessas camadas menos visíveis da internet.

Embora os nomes pareçam semelhantes, Deep Web e Dark Web são diferentes. E neste post, vamos te explicar tudo que você precisa saber para entender essas diferenças — e se proteger.

Entendendo o lado oculto da internet

Todos os dias você usa a internet para se comunicar, fazer compras e aprender coisas novas. Entretanto, para além das páginas visíveis nas pesquisas que estamos acostumados a fazer, existe a Deep Web e a Dark Web, um universo online oculto.

A Deep Web inclui partes da internet não indexadas por motores de busca comuns – como Google, Bing, Yahoo e outros: informações protegidas por senha, bancos de dados governamentais, registros médicos e arquivos acadêmicos.

Dentro da Deep Web, há a Dark Web, acessível apenas por softwares como o Tor, que protegem a identidade do usuário. Embora associada a atividades ilegais, a Dark Web também serve a propósitos legítimos, como o jornalismo investigativo.

A internet é um universo expansivo, onde apenas uma pequena fração do conteúdo é visível e acessível através de motores de busca convencionais.

Essa parte visível, chamada "surface web", é apenas a ponta do iceberg.

A vasta maioria do conteúdo online fica guardado no que chamamos de Deep Web. Mas o que exatamente é a Deep Web, que tipos de dados ela abriga, e como podemos acessá-la de maneira segura?

O que é Deep Web?

A Deep Web é a parte da internet que não aparece em sites de busca como o Google.

Ela é muito maior do que a parte da internet que usamos no dia a dia (a chamada surface web), e só pode ser acessada com ferramentas específicas ou permissões, como login e senha.

Diferente da internet comum, a Deep Web guarda conteúdos privados e protegidos — como e-mails, dados bancários, registros médicos e áreas restritas de sites.

Essa parte da internet, embora seja mais restrita, não é totalmente diferente da chamada  "surface web",. O que a distingue é que seus conteúdos não são indexáveis — ou seja, não podem ser encontrados por mecanismos de busca como o Google. Isso não significa que ela seja "secreta", mas sim que o acesso é limitado.

Por causa dessa característica, é impossível fazer uma varredura completa e medir com precisão o tamanho real da Deep Web. Ela é composta por conteúdos protegidos, privados ou técnicos que simplesmente não foram feitos para serem públicos.

Conteúdo da Deep Web

A Deep Web abriga uma grande variedade de conteúdos legítimos, úteis e, muitas vezes, essenciais para o funcionamento de instituições. Veja alguns exemplos:

  1. Bancos de dados online: informações protegidas que não aparecem em buscadores. Incluem bibliotecas acadêmicas, registros jurídicos, documentos técnicos e repositórios de pesquisas científicas. Eles só podem ser acessados por meio de busca interna ou com permissões específicas.
  2. Intranets corporativas e institucionais: redes internas utilizadas por empresas, órgãos do governo, escolas e universidades. Servem para comunicação, controle de acesso, gestão de documentos e outras funções internas, totalmente fora do alcance do público.
  3. Contas e áreas restritas de sites: tudo o que exige login e senha para ser acessado — como caixas de e-mail, sistemas bancários online, prontuários médicos digitais e plataformas de ensino — também faz parte da Deep Web.
  4. Plataformas de streaming e fóruns protegidos: serviços como Netflix ou fóruns privados com acesso limitado também fazem parte da Deep Web, pois seu conteúdo não é indexado por buscadores.

Acesso seguro à Deep Web

Para você acessar a Deep Web de forma segura vai precisar de ferramentas adequadas e práticas recomendadas de segurança.

Utilizar redes VPN e assegurar autenticação forte, como a autenticação de dois fatores, são medidas essenciais para proteger sua identidade e seus dados.

Além disso, você vai precisar se manter informado sobre as melhores práticas de segurança digital e aderir a leis e regulamentos para garantir uma navegação ética e legal.

O que é a Dark Web?

A Dark Web é uma parte pequena e escondida da internet que não pode ser acessada por navegadores comuns, como o Google Chrome. Para entrar, é preciso usar softwares especiais, como o Tor, que garantem o anonimato dos usuários.

Apesar de parecer um "território secreto", a Dark Web é conhecida por abrigar muitas atividades ilegais — como comércio de dados roubados, drogas, armas e informações para que criminosos apliquem golpes. Por isso, ela não é um ambiente seguro para a maioria das pessoas.

Ainda assim, nem tudo por lá é crime. Em países com censura ou vigilância extrema, jornalistas, ativistas e cidadãos usam a Dark Web para se comunicar de forma anônima e proteger suas identidades.

O que você pode encontrar na Dark Web?

A Dark Web abriga diversos tipos de conteúdo — alguns legítimos, mas muitos ilegais ou perigosos. Veja os principais:

  1. Mercados ilegais: plataformas que vendem drogas, armas, documentos falsos, softwares maliciosos, dados pessoais vazados e outros produtos proibidos. Essas lojas virtuais funcionam como "e-commerces do crime".
  2. Dados roubados: bases com CPFs, senhas, cartões de crédito e outros dados confidenciais são frequentemente comercializadas ou trocadas entre golpistas.
  3. Fóruns anônimos: espaços para debates, trocas de informações e até conspirações. Alguns fóruns são usados por criminosos, mas outros reúnem jornalistas, ativistas ou pessoas vivendo sob regimes opressores.
  4. Serviços hackers: ofertas de hackers para invadir contas, clonar celulares, derrubar sites ou aplicar golpes. É um terreno fértil para crimes cibernéticos.
  5. Veículos de imprensa alternativos: sites que publicam denúncias ou informações censuradas em países autoritários, com foco na proteção da identidade das fontes.
  6. Arquivos censurados ou raros: documentos, vídeos e livros que foram retirados da internet aberta ou censurados por governos. Em alguns casos, são conteúdos importantes; em outros, podem ser altamente perigosos ou ilegais.

Principais Diferenças entre Deep Web e Dark Web

A internet é mais complexa do que parece, e entender a diferença entre Deep Web e Dark Web é crucial para navegar de forma segura e informada.

Comparação de funcionalidades e usos

  • Deep Web: Abriga dados protegidos e de acesso restrito, como registros médicos, informações financeiras e documentos acadêmicos. Acesso geralmente requer credenciais específicas e conexões seguras.
  • Dark Web: Refúgio para atividades que exigem anonimato. Usada tanto para fins legítimos, como jornalismo em países com censura, quanto para atividades ilegais, como mercados negros.

Aspectos legais e ilegais

  • Deep Web: Legal para usos autorizados e legítimos, como pesquisas e transações seguras.
  • Dark Web: Pode ser usada legalmente para evitar censura, mas é frequentemente associada a atividades ilegais, como tráfico e venda de itens proibidos.

Segurança e Riscos Envolvidos

  • Deep Web: pode ser segura quando usada legalmente, focada na proteção de dados.
  • Dark Web: requer cautela devido aos riscos de malwares, golpes e outras atividades criminosas.

Vazamento de dados na Dark Web: o que você precisa saber

Infelizmente, os vazamentos de dados se tornaram cada vez mais comuns no Brasil. Seja por ataques de hackers ou por falhas de segurança em empresas e órgãos públicos, milhares de informações sensíveis acabam indo parar justamente onde não deveriam: na Dark Web.

E o que acontece com esses dados?

Muitos são vendidos ou trocados entre golpistas, que usam essas informações para aplicar fraudes como:

  • Abertura de contas e cartões de crédito em nome das vítimas
  • Solicitação de empréstimos
  • Golpes por WhatsApp, e-mails e SMS
  • Tentativas de extorsão ou clonagem de identidade

O resultado? Além do prejuízo financeiro, a vítima ainda pode acabar com o nome sujo ou até sendo cobrada judicialmente por dívidas que não contraiu.

Como se proteger?

A melhor forma de se proteger é simples: prevenção.

Aqui no Davi, a gente trabalha todos os dias para ajudar você a não ser mais uma vítima. Com o nosso serviço de monitoramento de dados, você pode:

  • Consultar se seus dados já foram vazados.
  • Receber alertas por e-mail e SMS.
  • Agir rápido para se proteger antes que virem fraude.

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Escrito por:

Thais Souza
Analista de Comunicação e Conteúdo

Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), a Thaís escreve desde 2019 com foco na experiência e resolução das dúvidas de seus leitores.

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