Ataques hacker: o que são, principais tipos e como se proteger

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Em 2025, o Brasil enfrentou o maior ataque hacker da história ao sistema financeiro, que envolveu o Pix e resultou no desvio de mais de R$500 milhões de diferentes bancos. O caso ganhou repercussão nacional e levantou muitas dúvidas sobre como esses ataques funcionam e quais riscos eles trazem para os usuários.

Para esclarecer, preparamos este conteúdo onde você vai entender o que são ataques hackers, como eles são aplicados e, principalmente, o que fazer para se proteger.

O que é um hacker?

Antes de entender o que é um ataque hacker, primeiramente você precisa entender o que é um hacker, não é?

Esse termo surgiu na década de 1960, quando profissionais do MIT (Massachusetts Institute of Technology) começaram a utilizar suas habilidades com informática para otimizar sistemas e computadores da instituição de ensino, ação que com o tempo recebeu o nome de "hacking" – que por sua vez fez com que os profissionais fossem conhecidos como "hackers".

Na época, a atividade dos hackers consistia em testar os limites de funcionamento de computadores e sistemas para encontrar novas formas de otimizar seu uso e eficiência ou encontrar e corrigir falhas de segurança.

Embora tenha surgido como uma profissão ética, com o passar do tempo os "hackers" passaram a utilizar suas habilidades para fins próprios, o que nos dias de hoje fez com que eles sejam conhecidos como criminosos digitais.

O que é um ataque hacker?

Um ataque hacker se trata do momento em que hackers utilizam suas habilidades para comprometer e vulnerabilizar sistemas e computadores, sejam eles de pessoas ou empresas, tudo com o objetivo de roubar ou sequestrar dados, informações sensíveis, ou roubar dinheiro das vítimas.

Quais são os principais tipos de ataques hacker?

Os ataques realizados por hackers podem ser divididos em diversos tipos, cada um com as suas próprias características. Veja os principais:

Malwares e ransomware

Malwares e ransomware são tipos de softwares maliciosos que são instalados no dispositivo da vítima sem o seu conhecimento, seja por se passarem por aplicativos legítimos ou por outros tipos de invasões. No entanto, eles possuem características únicas:

  • Malware: em geral, todos os tipos de programas maliciosos são definidos como malwares. O objetivo deles é único, explorar vulnerabilidades no dispositivo para roubar dados, comprometer ou até mesmo destruir o sistema por completo.
  • Ransomware: se trata de um tipo específico de malware. Costuma infectar o dispositivo da vítima para sequestrar dados, arquivos e documentos por meio de uma criptografia que apenas o invasor pode desfazer, normalmente cobrando uma taxa financeira para resgatar o acesso aos dados.

Engenharia social e phishing

De forma oposta aos programas maliciosos, os ataques por engenharia social e phishing – exploram a vulnerabilidade humana ao invés de sistemas digitais:

  • Na engenharia social, os criminosos utilizam a falta de conhecimento e motivações do usuário para induzir o usuário a conceder acesso a sistemas restritos, compartilhar links e arquivos com infectados com malwares ou expor dados sensíveis.
  • No phishing, o hacker, se passa por uma empresa ou órgão do governo – entra em contato com a vítima por e-mail, aplicativos de mensagens ou redes sociais e faz o uso da engenharia social para convencê-la a fornecer dados pessoais, documentos, informações financeiras e até a realizar pagamentos falsos.

Ataques DDoS

Em um ataque de negação de serviço distribuído, também conhecido como DDoS, o hacker usa softwares programados para acessar um site, rede ou plataforma, milhares de vezes simultaneamente para que ela fique indisponível para os verdadeiros usuários e fragilizada contra infecções ou outros tipos de invasões.

Um ataque como esses pode ter proporções muito grandes, especialmente se feito contra sistemas bancários ou governamentais.

Ataques de força bruta à senhas e logins

Um outro tipo de ataque muito comum são os ataques de força bruta à credenciais de acesso como senhas, IDs de usuários e logins em geral. Ataques como esses podem funcionar de duas maneiras, são elas:

  • Força bruta: método onde o hacker experimenta manualmente combinações, palavras ou senhas comuns até descobrir qual é o acesso da vítima.
  • Automação: nesse método, o hacker utiliza um programa que de forma automática testa combinações, palavras e senhas, garantindo mais velocidade para descobrir qual é a credencial de acesso do usuário.

Backdoor e keylogger

Backdoor e keylogger são diferentes tipos de ataque, mas que quase sempre estão de mãos dadas. Veja como funcionam:

  • Um backdoor se trata de um programa malicioso que permite o hacker acessar e navegar pelos arquivos do dispositivo sem limites de segurança e, principalmente, sem o conhecimento do usuário. Ele é utilizado para instalar outros malwares como o cavalo de tróia ou o próprio keylogger ou roubar dados e arquivos.
  • Por sua vez, um keylogger é um tipo de programa malicioso que ao infectar o dispositivo do usuário, registra e envia para o hacker tudo aquilo que é digitado durante o uso. É utilizado especialmente para roubar senhas, credenciais de logins, documentos e dados financeiros que são digitados pelo usuário.

Quais danos um ataque hacker pode causar?

Os ataques hacker podem gerar consequências sérias — tanto para pessoas físicas quanto para empresas. Mesmo que nem sempre o prejuízo seja imediato, os efeitos a médio e longo prazo podem ser significativos. Veja os principais:

  • Roubo de dados pessoais e sensíveis: informações como CPF, senhas, dados bancários, documentos e até fotos podem ser exploradas em fraudes, empréstimos falsos ou golpes digitais.
  • Perda financeira direta: em ataques como phishing ou ransomware, a vítima pode ser induzida a fazer transferências, efetuar pagamentos indevidos ou perder o acesso a contas bancárias.
  • Comprometimento de reputação: empresas que sofrem ataques podem ter a confiança de clientes, parceiros e investidores abalada, principalmente quando há exposição de dados de terceiros.
  • Interrupção de serviços essenciais: ataques como ransomware ou DDoS podem paralisar sistemas inteiros, afetando a operação de hospitais, bancos, e-commerces e outros setores importantes.
  • Uso indevido de identidade: com dados em mãos, criminosos podem se passar pela vítima para abrir contas, realizar compras ou aplicar golpes em outras pessoas.

Como se proteger de um ataque hacker?

Manter-se protegido no ambiente digital exige atenção constante e algumas práticas simples, mas eficazes. A seguir, reunimos algumas orientações que ajudam a fortalecer sua segurança online no dia a dia:

Ative a autenticação em dois fatores (2FA)

A autenticação em dois fatores adiciona uma camada extra de segurança às suas contas. Além da senha, você precisa confirmar sua identidade com um código enviado por SMS, aplicativo autenticador ou e-mail. Assim, mesmo que um criminoso descubra sua senha, ainda terá dificuldade para acessar seus dados.

Use senhas fortes e diferentes para cada serviço

Senhas fáceis, como datas de aniversário ou nomes de familiares, podem ser adivinhadas rapidamente por criminosos. Prefira senhas fortes e longas, com letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos. Evite repetir a mesma senha em vários serviços e, se possível, utilize um gerenciador de senhas para organizar tudo com segurança.

Mantenha sistemas e aplicativos atualizados

Atualizações não servem apenas para trazer novos recursos — elas corrigem falhas que podem ser exploradas por hackers. Ative a opção de atualização automática no celular e no computador para garantir que esteja sempre protegido contra vulnerabilidades conhecidas.

Desconfie de links e anexos suspeitos

Muitos ataques começam com um simples clique em um link malicioso. Antes de abrir anexos ou acessar páginas enviadas por e-mail, SMS ou redes sociais, verifique se o remetente é confiável. Quando tiver dúvida, confirme diretamente com a empresa ou pessoa que supostamente enviou a mensagem.

Faça backups regularmente

Manter cópias de segurança de arquivos importantes em locais seguros — como serviços de nuvem ou HDs externos — garante que você não perca dados em caso de ataque. Assim, mesmo diante de um ransomware, você não dependerá do pagamento de resgates para recuperar suas informações.

Cuide da sua pegada digital

A sua pegada digital é tudo o que você publica na internet e pode ser usado contra você em um golpe. Evite expor dados pessoais, como endereço, telefone ou rotinas diárias em redes sociais. Além disso, revisar periodicamente as configurações de privacidade também ajuda a limitar o acesso de estranhos às suas informações.

Perguntas frequentes

O que é um ataque hacker?

É uma tentativa de acesso não autorizado a sistemas, contas ou dados, geralmente com o objetivo de roubo de informações, prejuízos financeiros ou interrupção de serviços.

Todo hacker é criminoso?

Não. Existem hackers éticos, que usam seus conhecimentos para testar e reforçar a segurança de sistemas. O termo "ataque hacker", no entanto, se refere às práticas maliciosas.

Quais são os ataques mais comuns hoje em dia?

Phishing, malware, ransomware e ataques de negação de serviço (DDoS) estão entre os mais relatados, tanto contra empresas quanto contra usuários comuns.

Como saber se fui vítima de um ataque hacker?

Sinais como movimentações bancárias desconhecidas, acessos estranhos a contas e lentidão incomum em dispositivos podem indicar comprometimento.

Vale a pena pagar o resgate em um ataque de ransomware?

Não é recomendado. O pagamento não garante a devolução dos dados e ainda incentiva novas práticas criminosas. O ideal é manter backups e buscar apoio técnico especializado.

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Escrito por:

Felipe Almeida
Redator

Felipe Almeida tem 21 anos, estuda Publicidade e Propaganda na Unoeste e atua como estagiário de redação no blog do Davi. Apaixonado por fotografia, filmes, jogos e música, acredita na força de uma comunicação simples, direta e acessível. Traz sua visão sensível e sem filtros para cada texto, valorizando a experiência real das pessoas. Seu conteúdo é pensado para conectar, informar e facilitar a vida de quem lê.